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segunda-feira, 31 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Uma visão do filme “O Sonho de Cassandra ” a partir das idéias de consciência moral e opção fundamental

   Sonho de Cassandra mostra-nos dois irmãos, Terry e Ian, que movidos por dificuldades financeiras acabam por aceitar participar de um empreendimento criminoso, cometeram um assassinato. A principio parece que tudo tinha dado certo, o crime havia sido “perfeito”, entretanto a reação dos irmãos é diversa. Ian continua a tocar sua vida como se nada tivesse ocorrido, faz bom proveito do dinheiro conseguido com o crime e evolui economicamente. Terry, por sua vez mergulha num verdadeiro inferno moral, não consegue viver e é atormentado dia e noite pela culpa. Porque razões tiveram reações tão díspares? Porque o mesmo fato moral é visto por um de forma leve e para o outro se torna um peso insuportável? Para responder a essas questões recorremos ao que apreendemos dos conceitos de consciência moral e de opção fundamental.
     Assim temos que o fato é um, cometeram um assassinato, no entanto a opção por tal ato não é igual nos dois, como também não é igual a consciência moral do ato cometido. É notável que Ian, como mostra o filme, havia feito opção por levar uma vida de rico e tinha certeza de que ao praticar o ato criminoso este contribuiria para atingir sua meta, portanto o ato criminoso é fruto de sua opção, ou ao menos sua opção favoreceu a pratica de tal ato, já que liberdade abre espaço para que outros caminhos fossem trilhados. Mas porque sua opção era clara (note que aqui não estamos julgando a opção, mas somente a constatando) ele foi capaz de levá-la a cabo. Seria assim também se sua opção fundamental tivesse um aspecto positivo e certamente não o teria levado ao crime.
     Terry por seu turno, por não ter uma opção clara, acabou tornando-se influenciável e é convencido a participar do crime, sua crise de consciência é grande, pois fizera algo que não era escolha sua, mas de terceiros, e como não era possível voltar atrás, era preciso corrigir o  ato, e ele resolve se entregar como mostra o filme.
     Vemos nos dois irmãos exemplo claro daquele que tem uma opção definida e daquele que é volátil, não se definiu. E vemos ainda como é grande a chance de aquele que não faz uma opção fundamental na vida ser usado. Daí a necessidade de fazer uma opção clara e bem definida e de cuidar para que essa opção seja alicerçada em valores sólidos, pois se não o for poderá arrastar-nos para graves conseqüências. No caso dos irmãos, além de cometerem um homicídio, a opção equivocada acabou lhes custando a própria vida.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Debate


O que você acha do uso de células-tronco embrionárias? Dê sua opinião!!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A charge do Gustavo


Estamos sós no universo?


Por: Lindemberg Vieira Vargas


Já há um longo tempo tem se feito a exploração do universo em busca de vida extraterrestre, e claro com isso vai um grande investimento. Um gigantesco aparato foi montado e a capacidade de observação do universo foi muito ampliada com os modernos telescópios, entretanto uma pergunta precisa ser feita: “Depois de todo este imenso esforço cientifico, financeiro e publicitário de bilhões de dólares que é que foi encontrado no universo em termos de vida?” (Hans Kung, 2007, 184) parece que nada! Talvez débeis sinais, mas só isso.
Nessa busca os cientistas ficam na expectativa de estabelecer contato com algum planeta distante, mas isso também tem se mostrado uma busca infrutífera “ninguém conseguiu estabelecer um contato cientificamente comprovado de um planeta com os terráqueos” (Hans Kung, 2007, 184) talvez realmente não exista ninguém lá fora, talvez não exista uma civilização extraterrestre.
De fato para que seja possível vida como existe na terra teria que ser satisfeitas condições extraordinariamente difíceis. Para que uma possível civilização extraterrestre existisse seria necessário um planeta habitável, e para tal planeta ser habitável “ele teria que ter uma temperatura media de uns 15ºc. Não poderia, portanto, ser quente como Venus que orbita mais perto do sol (temperatura na superfície de 450ºc), nem frio como marte (temperatura média de -70ºc) onde água liquida certamente não pode existir. Para evitar que soprassem ventos tempestuosos o planeta não poderia girar com demasiada rapidez em torno do próprio eixo (em nossa terra isto é garantido pelo efeito frenador da lua). Ao mesmo tempo teria que ter boa proteção contra queda de blocos rochosos (que são mantidos longe de nossa terra, em órbitas planetárias mais distantes, pela grande massa de júpiter). Efetivamente, quanto mais se reflete sobre as condições de vida em um planeta, tanto menos provável parece, em nosso amplo derredor, a existência de extraterrestres.” (Hans Kung, 2007, 185-186)
Não estamos querendo dizer que não exista vida extraterrestre, essa possibilidade não pode ser descartada, mas para tal teríamos que encontrar “em algum lugar do universo um planeta com condições físicas semelhantes as que existem na terra” (Hans Kung, 2007, 181). De fato tais condições não são impossíveis de acontecer, mas com todo o esforço de pesquisa até aqui empregado “todos os planetas maiores descobertos até agora fora do nosso sistema solar são inteiramente impróprios para uma forma complexa de vida” (Hans Kung, 2007, 185) o que só reforça aquela pergunta que vem perpassando gerações; estamos sós no universo?”até agora a resposta parece ser sim.

Bibliografia:Kung, Hans; o principio de todas as coisas: ciências naturais e religião. Tradução de Carlos Almeida Pereira. Petrópolis, RJ: vozes, 2007.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Qual o caminho da felicidade?

Por; Lindemberg Vieira Vargas

“A palavra vocação é muito gasta pelo abuso que correntemente se faz dela” por isso fica difícil falar de vocação.Abordar esse tema de maneira nova parece nos nossos dias uma missão quase impossível, mas ainda assim quero me aventurar a dizer algo a respeito. Não vou dizer algo de vocação como a modernidade a concebe, isto é, como aptidão para, mas algo a respeito daquilo que disse Mounier: “deste principio vivo e criador que chamamos em cada pessoa sua vocação”.
Antes de mergulharmos nesta reflexão vamos nos colocar sobre “o plano da consciência, acima da dispersão da nossa individualidade” 3 para assim podermos falar de forma mais consciente e coerente desse assunto, porque vocação como um conjunto de aptidões, esta longe de ser aquela vocação da qual quero falar que é um principio de unidade. Quero falar aqui de vocação como um principio de unidade que possibilitara efetivar “esta unificação progressiva de todos os meus atos , e por eles dos meus personagens”4 e esta unificação ou integração daquilo que sou dos meus atos, não quero dizer aqui sobre atos bons ou ruins, mas simplesmente meus atos, supõe “ a descoberta progressiva de um principio espiritual de vida, que não reduz aquilo que ele integra, mas o salva , o completa recriando-o” é este principio que quero chamar de vocação.
Vocação entendida assim ganha um novo sentido que vai muito alem de fazer alguma coisa, ou ocupar algum posto ou lugar ou ainda obter certo titulo, ela toca a ordem do ser, vai naquilo que esta no mais intimo de cada pessoa, ou em termos “ Aloisianos” “ lá na região onde mora o silêncio agradecido” com isso vale dizer que a vocação toca a nossa interioridade com toda a dinamicidade que esta tem. E a vocação como concebida no seio de nossa interioridade também tem esse “caráter dinâmico que exige um continuo discernimento”. Mas qual caminho trilhar para fazer um bom discernimento da vocação? Seguindo de forma bem livre aquilo que diz Núnzio Galantino no seu livro “dizer homem hoje” vislumbro dois caminhos que julgo importantes: O primeiro seria “discernir por meio dos “personagens” que interpretamos para saber se fazem parte de um projeto em si coerente” com capacidade de me realizar como pessoa, mas necessariamente voltado para algo que vai alem de mim, não vejo a possibilidade de realização numa vocação que não preste serviço ao outro, uma vocação individualista não é vocação. Então um projeto pra ser coerente precisa incluir a dimensão do serviço ao outro. Um segundo passo seria a orientação em tal caminho, embora eu tenha afirmado que a vocação é concebida no seio da nossa interioridade, é no relacionamento com o outro que ela se desenvolve e ganha robustez, por isso a vocação não deve ser buscada na individualidade, mas num profundo “relacionamento entre quem esta a procura da resposta para a própria vocação e quem é escolhido como guia em tal caminho”.
É preciso por fim enxergar a vocação como “um esforço continuo e vigilante de renovação e de unificação”. Como uma busca constante de estar em posse de si, uma necessidade de “reapropiar-se de retomar-se nas mãos para unificar-se” e isso só se pode fazer na interioridade do próprio ser, então a vocação nascida na interioridade é desenvolvida e torna se robusta no relacionamento com o outro, mas será sempre alimentada pela interioridade, haverá sempre a necessidade de uma volta a si mesmo não como um fechar em si mas como “ uma concentração de forças, um retroceder para aumentar o salto”. E preciso dar sempre e repetidamente um mergulho na própria interioridade mesmo reconhecendo haver “uma dolorosa fadiga do descer em si mesmo”(lima Vaz) mas este permanece o único caminho se quisermos “ conservar a densidade de consciência e o protagonismo na historia”(lima Vaz) da nossa própria vocação.
Existe no ser humano um tesouro chamado vocação, que precisa ser descoberto porque desse tesouro se poderá tirar, sempre e de forma infinita, as melhores realizações, ninguém que faz algo por vocação jamais poderá fazê-lo mal feito, porque o fará como fruto de um amor e por isso mesmo o fará com empenho e dedicação. A ação feita por quem tem vocação não é mero fazer, mas indica aquela experiência espiritual, do homem, e a intima fecundidade do seu ser. É este o horizonte que temos a buscar, não será tão simples mas é perfeitamente possível desenterrar esse tesouro que todos temos dentro de nós, e para encontrá-lo será necessário mergulhar no mais profundo de nós mesmos “ nas regiões absais do nosso ser” (dom Aloísio) onde mora a região do “ silencio que nos permite sermos tão somente aquilo que somos” (dom Aloísio) e ai na casa do nós mesmos nos encontraremos com Deus fonte e ápice daquilo que tentei descrever e que chamo a realização mais perfeita do nosso próprio ser em uma palavra nossa vocação, que supõe fazer e realizar muitas coisas, mas que vai infinitamente alem disso.