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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Borboletas e coração



            Há certas coisas que acontecem conosco que se não estivermos muito atentos passam completamente despercebidas quando na verdade tratam-se de momentos únicos, verdadeiros tesouros, comunicação direta dAquele que não se cansa de se revelar a nós.
            Assim vivi um desses momentos em que Deus vem ao nosso encontro e coloca-se no nosso meio como mestre a nos ensinar, a nos mostrar o que realmente importa. O fato é tão simples e tão grandioso que se corre o risco de não captar todo seu sentido. Eu o conto aqui meio com medo de parecer ridículo. Mas creio que haverá alguém capaz de me apoiar.
            Estávamos reunidos para a formação de um conselho, o assunto era sério. Discutíamos compenetrados falávamos de problemas e de como resolvê-los. E uma criança, filha de uma das nossas conselheiras corria entre as cadeiras. Cheguei a pensar: “como podem trazer uma criança para um momento tão sério”.
            A conversa evoluiu discutíamos agora algo delicado, o orientador da reunião descrevia os comportamentos de pessoas que podem ser verdadeiros “freios para o grupo” assim ele dizia. E a criança brincava. Eu mesmo já começava a dar nomes e rostos para as figuras que ele ia descrevendo. E tive a intuição de ir ao quadro para traçar um perfil das pessoas problemas. E a criança interferiu uma primeira vez. “Olha as borboletas” disse ela apontando. De fato duas borboletas adentraram na sala. Ignorada ela desistiu. Tive a impressão que só eu a escutei.
            Tomei coragem pedi a palavra e disse que eu tinha uma sugestão de como lidar com essas pessoas que atrapalham o grupo. Demonstrarei, eu disse animado. Tomei um pincel e fui ao quadro. A criança correu para junto de mim. E fez a segunda intervenção. “desenhe um coração” ela disse. Pensei que não custaria nada e desenhei. “maior” falou me olhando. Eu atendi, pois já tinha entendido o recado. Desenhei um coração bem grande. A criança sorriu correu até sua mãe e disse, “viu mãe coração!”
            Sentei-me e disse aos que estavam ali, “a sugestão da neném é melhor que a minha” e acrescentei “se a comunidade não anda bem, talvez tenhamos que colocar mais coração no que fazemos” e acrescento para você que lê esse texto. Aprenda também a olhar as borboletas. 

quinta-feira, 5 de agosto de 2010