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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A filosofia na historia

POR: Lindemberg Vieira


Desde a aurora da cultura ocidental (cujos começos se situam convencionalmente em torno do século VIII a.C., na Grécia) a filosofia se tornou presente na historia do pensamento humano.É na filosofia que emerge com fulgurante evidência essa singularidade própria do homem que é a de ser questionador de si mesmo. E é como questionador de si mesmo que o homem acumulou ao longo dos séculos grande patrimônio epistemológico. (cf. Lima Vaz, antropologia filosófica VOL I. p.3)
Tão logo aqueles brilhantes pensadores dos primórdios da filosofia conseguiram elaborar a questão fundamental sobre as origens estava iniciado um movimento, que no dizer de João Paulo II,“nasceu e começou a desenvolver-se quando o homem principiou a questionar-se sobre o porque das coisas e o seu fim.”( fides et ratio) E na busca de responder a essa questão fundamental outras surgiram até chegarmos à questão sobre o homem, que “torna se o tema dominante na época da sofística antiga( sec.V a.C.) e, a partir d então, acompanha todo o desenvolvimento histórico da filosofia ocidental, até encontrar sua expressão clássica nas celebres questões kantianas.” (Lima Vaz, antropologia filosófica VOL I. p.3)
- O que posso fazer?
- O que devo fazer?
- O que me é permitido esperar?
- O que é o homem?
Entretanto, desde os fins do século XVIII a reflexão filosófica, sobretudo no que toca a reflexão sobre o homem, deparou-se “com o rápido desenvolvimento das chamadas ciências do homem.” (Lima Vaz, antropologia filosófica VOL. p.3) Mas todas essas ciências que foram surgindo ao longo do tempo, e nesse ponto há os que discordam, nasceram daquela questão inicial e de seus desdobramentos.
Um longo caminho já foi trilhado desde Tales de Mileto (considerado o iniciador do pensar filosófico), mas muito ainda temos a fazer. Muitas teorias surgiram, mas ainda não conseguimos chegar de forma definitiva àquele algo que poderíamos chamar de “o principio de todas as coisas” e não é só essa a questão que ainda esta em via de ser respondida. Na contemporaneidade vasta é a problemática, permanecem as indagações clássicas, “questões fundamentais que caracterizam o percurso da existência humana: quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que existira depois da vida?” (João Paulo II. Fides et ratio pag.6) o que é homem? Mas muitas outras surgiram no campo da cosmologia nos perguntamos “desde quando existe a vida?” “como surgiu a vida?” “o que é a vida?” e muitas outras, se pensarmos no campo da antropologia filosófica, dada a fragmentação do homem moderno, muito temos a pensar sobre o homem na tentativa de elaborar um conceito de pessoa que supere tal fragmentação. Há questões, que tocam o campo da ética, na política, na bioética, na ecologia, nos relacionamentos interpessoais, étnicos, de gênero, de orientação sexual. Enfim vasto é o caminho que o pensar filosófico ainda tem a percorrer.
Contemplando a grande contribuição que a filosofia já nos deu e vislumbrando tantas outras que ela ainda pode nos oferecer só resta concluir que a filosofia tem hoje o mesmo vigor que tinha quando de sua gênese, mas agora necessitada de uma ampla interdisciplinaridade.